sábado, 25 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Disputa pela prefeitura de BH fica cada vez mais acirrada

A campanha de segundo turno para a prefeitura da Capital mineira se aproxima da reta final e os candidatos Leonardo Quintão do PMDB e Márcio Lacerda do PSB se preocupam mais com a troca de farpas durante os debates, do que com a apresentação de propostas concretas, o que prejudica o eleitor.

As animosidades chegaram ao nível de o candidato, Leonardo Quintão insinuar que o adversário assaltou um banco sob pretexto de ser um perseguido político. Lacerda confirmou que participou de um assalto na época da ditadura para financiar a resistência e seu vice, Roberto Carvalho, do PT, recomendou a Quintão que tomasse aulas de história com Jô Morais, candidata que perdeu no primeiro turno e apóia o PMDB.

O PSB também mostrou as garras e colocou um comercial no rádio e na TV, onde mostra Quintão durante uma convenção de seu partido em Ipatinga, no Vale do Aço, dizendo que vai “chutar a bunda” do adversário quando vencer o pleito. O peemedebista tirou o corpo fora sob a desculpa que o termo chulo se deveu a uma partida de futebol.

Em meio às promessas e trocas de acusações, o eleitor fica indeciso. Pesquisa do Ibope divulgada na última quarta-feira aponta empate técnico entre os candidatos. De acordo com a pesquisa, que tem margem de erro de três pontos percentuais, Lacerda tem 45% das intenções de voto, enquanto Quintão tem 44%. A disputa está acirrada somente o resultado das urnas poderá mostrar quem será o novo prefeito da capital de Minas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Redução da Violência?

Matéria publicada na Agência Minas, revela que houve redução de 21,35% da violência em todo o estado, o menor índice desde 2003 se considerados os segundos trimestres de cada ano.


Os números são do 10º Boletim de Informações Criminais, divulgado pelo Núcleo de Estudos em Segurança Pública da Fundação João Pinheiro (Nesp/FJP) no último dia 24 de setembro deste ano.


Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com cerca de cinco milhões de habitantes, a redução foi de 23,05%, no segundo trimestre de 2008 na comparação com o ano anterior, quando, a taxa média foi de 77,65 ocorrências por 100 mil habitantes no segundo trimestre de 2007 e em 2008 foram 59,75 ocorrências registradas no mesmo período.


Mas os números de apenas uma delegacia da RMBH mostram outra situação. A delegacia em questão trabalha com adolescentes infratores e os dados de 2007 em comparação com os dados atuais nos mostram um aumento significativo nas apreensões, o que representa diretamente um aumento na criminalidade. Por se tratar de apenas um segmento de uma delegacia de uma cidade da região norte da RMBH, é possível por em cheque os dados divulgados pelo governo, que não tem fama de ser muito transparente.


Somente de janeiro a agosto do ano passado, foram formalizados 329 procedimentos especiais contra adolescentes infratores na cidade. E este número não representa o total de crimes cometidos por adolescentes na jurisdição, mas apenas os crimes que foram registrados e que passaram por investigação e encaminhados à Justiça. No mesmo período deste ano, foram formalizados 378 procedimentos contra adolescentes infratores, um acréscimo de 49 procedimentos em 2008, o que difere bastante dos dados divulgados no 10º Boletim de Informações Criminais.
Entre os crimes cometidos por adolescentes que fazem parte deste número, estão homicídio tentado e consumado, roubo, furto, porte ilegal de arma e tráfico de drogas.


As polícias militar e civil do estado estão em melhores condições de aparato técnico e humano se comparado com as corporações de outros estados, como a Zona de Janeiro, por exemplo. Mas o crime em Minas está se tornando cada vez mais organizado, principalmente com a globalização do crime, ou o contato com facções criminosas do porte do PCC (Primeiro Comando da Capital) paulista e do Comando Vermelho carioca. Além do mais, as indústrias de criminosos não param de crescer. Os adolescentes entram para a vida de crimes cada vez mais jovens, fruto da falta de investimentos em educação e políticas sociais mais abrangentes para afastar os jovens do mundo do crime.


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